1 – Inclusão de k, W, e Y;o alfabeto agora passa a ter 26 letras.
2 – Não se usa mais o Trema.
3 – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. Ex: alcateia, androide, apoia, asteroide...(antes: alcatéia, andróide, apóia, asteróide). Permanece o acento nas oxítonas. Ex: Papéis, herói, troféu...
4 – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no I e no U tônicos quando vierem depois de um ditongo. Ex: baiuca, bocaiuva, feiura, cauila... (Antes:baiúca, bocaiúva, feiúra, cauíla...). Permanece o acento se a palavra for oxítona, ou se o I ou o U estiverem em posição final, ou seguidos de S: tuiuiú, tuiuiús, Piauí... Não havendo ditongos permanecem: juízes, caíres...
5 – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo (s). Ex: abençoo, creem, deem, leem, veem... (Antes: abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem...)
6 – Não se usa mais o acento que diferenciava os pares: pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s), pêra/pera.
Permanece: Pôde pretérito perfeito do indicativo 3° do singular.
7 - Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados: Ele contém, eles contêm. Ele intervém, eles intervêm.
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
8- Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas,enxágua, enxáguam; enxágue,enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. (a vogal em negrito é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
9 - HÍFEN - "O calcanhar de Aquiles"
a) Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h:
Anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). Como se faz a divisão silábica desta nova palavra? Permanece a autonomia do prefixo: sub-u-ma-no?
b) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento:
Aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual. Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
c) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s:
Anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
d) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras:
Antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente,.ultrassom.
e) Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal:
Anti-ibérico, anti-imperialista, anti-infl acionário, anti-infl amatório, auto-observação, contraalmirante, contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno. Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
f) Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante:
Hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
Nos demais casos não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
g) Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
h) Com os prefixos circum e pan, usase o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
i) Quando o prefi xo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal:
hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.
j) Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
Além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra.
k) Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani:
Açu, guaçu e mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu
l) Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani:
Açu, guaçu e mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu
m) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
n) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição:
Girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.
o) Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
Resumo - Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano,
subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
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